Lira e Pacheco condenam autores de quebra-quebra sem identificar filiação política

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Presidentes da Câmara e Federal lastimam violência mas usam “sujeito oculto”; secretário do DF reconhece em parte dos arruaceiros campistas de frente de quartel

O quebra-quebra que irrompeu na noite desta segunda (12) em Brasília, horas depois da diplomação de Lula e Geraldo Alckmin, foi lastimado pelos presidentes do Poder Legislativo, Rodrigo Pacheco e Arthur Lira.

Em comum, os líderes do Senado e da Câmara Federal evitaram usar a expressão “bolsonaristas” para identificar os arruaceiros. O secretário de Segurança Pública do Distrito Federal, Júlio Danilo, foi mais explícito: disse que parte dos manifestantes vinham dos acampamentos defronte ao QG do Exército, local preferencial dos órfãos da derrota eleitoral de 30 de outubro.

Nesta terça-feira (13), por volta das 9h, em sua conta de Twitter, Lira publicou, talvez se esquecendo de escrever sobre os eventos momentosos de véspera: “As manifestações fazem parte da democracia. A capital federal recebeu cidadãos de todo o Brasil que, há mais de um mês, vem se expressando de maneira ordeira. Repudio veementemente a desordem, a violência e o risco à integridade física ou de patrimônio público e privado.”

Rodrigo Pacheco, por sua vez, foi mais efetivo, e manifestou-se na própria noite de segunda-feira, reagindo rápido aos eventos:

“Absurdos os atos de vandalismo registrados nesta noite, em Brasília, feitos por uma minoria raivosa. A depredação de bens públicos e privados, assim como o bloqueio de vias, só servem para acirrar o cenário de intolerância que impregnou parte da campanha eleitoral que se encerrou.”

Lula e Geraldo Alckmin preferiram não emitir comentários, assim como o governador reeleito do Distrito Federal, Ibaneis Rocha (MDB).