Obstáculo à reeleição de Pacheco, senador eleito Rogério Marinho mantém fidelidade a Bolsonaro

Rogerio Marinho, Rodrigo Pacheco e Bolsonaro || Crédito: Alan Santos/PR/Marcos Brandão/Agência Senado/Marcos Corrêa/PR

Ex-ministro do Desenvolvimento Regional pode liderar bancada de ex-colegas da Esplanada que debutam no Senado em 2023; gratidão ao atual presidente pode pautar vontade de presidir a casa

Ex-ministro de Jair Bolsonaro, o senador eleito pelo Rio Grande do Norte Rogerio Marinho (PL-RN) vem sendo considerado como principal obstáculo ao plano do atual presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), de se reeleger para a chefia da Casa.

Como também aconteceu na Câmara Federal, o PL terá a maior bancada do Senado em 2023. Dentre os 14 senadores do partido de Waldemar Costa Neto, diversos ex-colegas de Marinho na Esplanada elegeram-se em 2 de outubro, casos de Jorge Seif (PL-SC), Damares Alves (PL-DF), Astronauta Marcos Pontes (PL-SP). O vice-presidente e um rumoroso  ex-ministro, ambos de outros partidos, também debutam como senadores: o vice-presidente Hamilton Mourão (Republicanos-RS) e Sergio Moro (UB-PR).

Com isso, a maioria já supostamente pacificada que Rodrigo Pacheco teria para vencer a eleição para um segundo termo à frente do Senado pode naufragar. Ainda que rei morto, rei posto, Bolsonaro pode tentar influenciar seus ex-subordinados em 2023 para pautas diletas do bolsonarismo, como, por exemplo, o impeachment de ministros do STF – Alexandre de Moraes liderando a fila – e para isso seria estratégico ter Marinho à frente da Casa.

Em sua conta do Twitter, Marinho vem postando dados econômicos positivos de Bolsonaro, sempre sob o bordão “legado de um governo que trabalha e trabalhou muito pelo BRASIL”.

Resta saber se a partir de fevereiro de 2023, quando assume seu posto na Casa Alta, a fidelidade a um então ex-presidente sobreviverá.