O presidente do Tribunal Superior Eleitoral, Alexandre de Moraes, teve conversa presencial nesta quarta (19), na sede do tribunal, com representantes das mídias sociais. No encontro, o também ministro do STF manifestou contentamento pelas ações contra a desinformação empreendidas pelas empresas no primeiro turno, mas lamentou o que veio depois.
“Tivemos, graças ao apoio das plataformas e redes sociais, um primeiro turno bem dentro do razoável, talvez até melhor do que todos nós esperávamos. Mas estamos tendo um segundo turno piorando cada vez mais neste aspecto. E, isso, da parte do TSE vem demandando medidas mais duras”, disse, conforme registrou o site oficial do TSE.
Todas as principais mídias sociais estiveram presentes, com exceção do Telegram, cujo representante, segundo registro da Folha de S.Paulo, chegou após o encerramento do encontro. A Folha também informou que o TSE pode aumentar seu poder de repressão contra as fake news, prescindindo de uma reclamação formal, ou seja, agindo espontâneamente, de ofício.
No Twitter do TSE, uma animação feita pelo tribunal e pelo Ministério Público do Trabalho alertam sobre o assédio eleitoral, outro problema que está a se verificar nestas eleições, e que se manifesta nas ameaças de demissão a subordinados que não votam no “candidato do patrão”.
“A liberdade de escolha política é um direito de todo cidadão, e o voto é secreto. Qualquer ameaça ou constrangimento podem ser vistos como restrição da liberdade de pensamento e desrespeito à cidadania”, pontifica a peça.
O @MPTrabalho e o @TSEjusbr se unem nessa campanha institucional contra o #AssédioEleitoral e reforçam o direito ao voto livre e secreto, garantido a todas as trabalhadoras e trabalhadores do Brasil 🇧🇷 pic.twitter.com/c7MR56FgfB
— TSE (@TSEjusbr) October 19, 2022