Ex-presidente do Banco Central de FHC expressa apoio a líder petista e, em entrevista fictícia, sugere um político que olha para os pobres, cuida da inflação e se preocupa com a biodiversidade
O célebre economista Armínio Fraga, presidente do Banco Central do Brasil durante o segundo governo FHC, expressou apoio, como se sabe, à eleição de Lula neste segundo turno.
Não está sozinho nessa. Outros economistas proeminentes da era FHC, Pérsio Arida, Pedro Malan e Edmar Bacha, também fizeram questão de endossar o nome oposicionista.
A ajuda a Lula de Fraga foi um pouco além nesta quarta (19). Em vídeo que circula nas redes sociais, Fraga entra na campanha, dizendo que vota em Lula no segundo turno. “Esse é um voto de convicção. Esse voto espelha as minhas preocupações com o futuro do nosso país, da nossa democracia.”
Arminio Fraga, um dos mais respeitados economistas do Brasil, grava seu apoio à frente democrática liderada por @LulaOficial neste segundo turno. pic.twitter.com/Rnm3JZLRQs
— Geraldo Alckmin 🇧🇷 1️⃣3️⃣ (@geraldoalckmin) October 19, 2022
Não parou aí. Em sua mais recente coluna na Folha de S.Paulo, Fraga redige uma entrevista fictícia em que “psicografa” Lula.
E o Lula psicografado de Armínio faz logo de cara fé na responsabilidade social. “Minha principal preocupação vai ser a mesma de sempre: as condições de vida do povo brasileiro, sobretudo dos mais pobres. É um absurdo uma potência agrícola não poder alimentar adequadamente a população.”
E, pouco depois, Lula/Armínio expressa responsabilidade social: “Não aceito que duvidem do meu compromisso com o combate à inflação – ninguém entende melhor do que eu que com inflação quem mais perde são os pobres.”
Ao longo da “entrevista”, o personagem ainda promete manter o atual presidente do Banco Central, manera nas críticas à “herança maldita” de FHC, dá uma cotovelada elegante na Faria Lima e indica preocupação com a biodiversidade e com a retomada de relações com os países europeus.
E não, Armínio não se oferece para trabalhar em Brasília.