A grande semana do ano do presidente chinês, Xi Jinping, começou no domingo (16), com a abertura do congresso do Partido Comunista Chinês. Ao cabo dos trabalhos, o líder deverá ser guindado para mais um termo de cinco anos, seu terceiro consecutivo. A se confirmar o que todos os analistas dão como favas contadas, Xi será o mais longevo presidente do país desde o grande timoneiro Mao Tsé-Tung.
Na abertura dos trabalhos, Xi já chegou falando duro, dizendo que a “reunificação” com Taiwan, que o líder considera um estado dissidente, deve ser feita com a “maior sinceridade e com o maior esforço” — e provavelmente, isso ele não disse, sem consulta aos taiwaneses.
Nesta segunda (17), em colóquio com comissão da região autônoma de Guangxi, o líder disse que pretende guiar o país para o que chamou de “glória incomparável”. Métodos de persuasão ele tem, mas o envelhecimento acelerado da população e as taxas menores de crescimento em relação à última década, impactadas também pelos lockdowns extremos, jogam contra o “sonho grande”.