Uma das sensações das eleições gerais de 2018, quando elegeu o governador mineiro Romeu Zema e teve em João Amoêdo o candidato presidencial de melhor performance da então não falada terceira via, o partido Novo sai mal das urnas eletrônicas em 2022.
Embora Zema tenha sido reeleito no primeiro turno com grande margem de votos sobre seu principal concorrente, Alexandre Kalil (PSD), o Novo perdeu 50% de sua representação na Câmara Federal, com Felipe D’Ávila teve eleição pífia para presidente – 1/4 do que Amoêdo recebera em 2018 – e também sofreu baixas nas assembleias legislativas: na de São Paulo, sai de quatro deputados para apenas um.
E, embora esteja distante dos rumos do partido há tempos, Amoêdo virou espécie de bode expiatório dos descaminhos do partido. Ele recebeu petardos no Twitter pelo fracasso da sigla no domingo (2).
“Vou te dar um exemplo do que foi a gestão João Amoêdo. A cidade mais populosa do meu estado tinha uma chapa forte pra vereador em 2020, faria um. Amoêdo destituiu todo o diretório porque, apesar de completo, algumas pessoas estavam com atrasos no pagamento. Isto de volta não”, escreveu Gabriel Spalenza.
Mas também há quem o veja como vítima do processo:
“O Partido Novo se curvou ao bolsonarismo e ainda queimaram o João Amoêdo achando que teriam sucesso, acabaram saindo menor que em 2018, bando de idiotas.”
Amoêdo tirou férias do Twitter na última semana de setembro. Antes disso, vinha criticando na mesma medida ora a esquerda, ora o governo Bolsonaro.