Em terra de cego, quem tem olho (um, que seja) é rei. Na falta de apoios ilustres entre a classe artística, influenciadores, juristas, ex-ministros do STF, economistas, sociólogos, professores, categorias que a cada semana vão engrossando o transatlântico lulista, a campanha de Jair Bolsonaro tem lançado fogos aos céus pelo apoio de Neymar.
Menino Ney havia gravado um vídeo e enviado ao presidente em agradecimento a uma visita do chefe do Executivo a uma fundação que o jogador do Paris Saint Germain mantém no litoral paulista, mas na quinta (29) ele efetivamente mostrou que estava “fechado” com o cara ao publicar vídeo em sua conta no TikTok com o bordão “22 é Bolsonaro”.
@neymarjr22
A oposição virou a cara, fazendo ilações com suposto perdão presidencial a um rumoroso processo tributário de Neymar e também por possível despeito pela opção em Lula de ex-namoradas e ex-ficantes do jogador.
Neymar foi razoavelmente elegante nesta sexta ao escrever que “falam em democracia e um montão e coisa, mas quando alguém tem um (sic) opinião diferente é atacado pelas próprias pessoas que falam em democracia. Vai entender.”
O ministro Fábio Faria, das Comunicações, aproveitou o embalo e, depois de celebrar o apoio do craque, foi na onda e publicou vídeos do treinador Renato Gaúcho e do volante Felipe Melo, apoiadores já históricos de Bolsonaro.