Rodrigo Pacheco

Rodrigo Pacheco || Crédito: Pedro França/Agência Senado

Presidente do Senado se serve de efeméride desta quinta (15) para voltar a pedir “pacificação” e “contenção de ânimos”

A grande vantagem de se eleger senador em relação a qualquer outro cargo parlamentar ou executivo é que não é necessário embarcar em campanha eleitoral a cada quatro anos – bem, para alguns isso não parecerá uma vantagem.

Sem compromissos de campanha, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), cujo mandato de senador expira apenas em 2027, pode, assim, dedicar-se nestas semanas pré-eleitorais àquilo que parece gostar muito: mostrar-se portador do bom-senso um dia perdido.

Fiel à Teoria do Medalhão, aquela que reza que o melhor a fazer é jamais expor alguma opinião polêmica própria, Pacheco vem se esmerando em apontar que o caminho mais saudável para o país é o equilíbrio. Deve-se manter distância, ou equidistância, dos radicalismos.

(Mesmo que os polos de radicalidade não sejam exatamente simétricos.)

Aproveitando-se do Dia Internacional da Democracia celebrado nesta quinta (15), escreveu em sua conta no Twitter: “Em nome do Congresso Nacional, restando pouco mais de 15 dias para as eleições, reitero o apelo de pacificação e de contenção de ânimos. O que faz uma nação é um conjunto de valores e ideias que nos unem, não que nos dividem.”

É difícil discordar desse apelo à serenidade, mas em certas situações é preciso, especialmente para o presidente de um poder, ultrapassar a linha que separa as palavras da ação. Sob o risco de ver as palavras formarem uma mera platitude.