São tantas as escaramuças entre Jair Bolsonaro e o STF que o perdão presidencial concedido ao deputado federal Daniel Silveira (PTB-RJ) logo após sua condenação pela Suprema Corte, um episódio que teria tudo para se tornar um marco da desarmonia entre os poderes, acabou por perder seu protagonismo narrativo diante de tantos outros capítulos igualmente insólitos.
Livre de sua condenação penal, o deputado, que se elegeu na vaga bolsonarista de 2018, acabou por aproveitar os vazios e impasses jurisdicionais para tentar um upgrade parlamentar. Alinhado ao bolsonarismo, Silveira lançou uma campanha à vaga solitária do Rio de Janeiro ao Senado e, embora muito distante do atual favorito, o ex-jogador Romário (PL), até que não vinha fazendo feio.
Mas o devaneio de uma campanha de inverno acabou nesta terça (6). Por seis votos a um, O TRE-RJ cassou a candidatura de Silveira. O parlamentar ainda pode tentar recurso ao TSE, mas a perda de seus direitos políticos a despeito do perdão presidencial parecia já à época razoavelmente pacificada.
Mas aqui é Brasil, p*