As voltas que a vida (e a política) dá. Geraldo Alckmin parecia morto e sepultado depois do fracasso eleitoral de 2018, quando, com dinheiro, apoio partidário e um latifúndio de propaganda eleitoral, teve performance medíocre, colecionando o pior resultado do PSDB em eleições presidenciais, com 4,78% dos votos.
Rompido com o então governador paulista e ex-pupilo João Doria, sobrou-lhe itinerar pelo interior paulista fazendo aparições como acupunturista e professor. Vez por outra também fazia refeições em programas televisivos de baixa audiência.
Pois entre a quinta (25) e esta sexta (26), Geraldo Alckmin, agora candidato a vice-presidente na chapa lulista, conheceu o sabor da glória. Mais prazeroso, certamente, daquele de quando venceu as eleições para o governo de São Paulo.
O apogeu começou na quinta (25), em resposta de Lula ao apresentador William Bonner, do Jornal Nacional, da TV Globo. Bonner tentou vender a tese de que havia muitas resistências ao nome de Alckmin no PT, e Lula disse que ambos, ele o apresentador, não “viviam no mesmo mundo”.
“Ele [Alckmin] fez um discurso, no dia 7 de maio, sabe, quando ele foi apresentado oficialmente ao PT, que eu fiquei com inveja, ele foi aplaudido de pé”, disse Lula.
Nesta sexta (26), o reinado seguiu. Na estreia do horário eleitoral compulsório, coube a Alckmin a primazia de aparecer no programa do candidato a governador Fernando Haddad (PT) antes mesmo do capo petista, Lula, dar as caras.
Pindamonhangaba rules.