Calhou de o dia da independência ucraniana, celebrada nesta quarta-feira (24), coincidisse com os seis meses do início da invasão russa, no fim de fevereiro. Assim, o presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, que se mantém à frente do país a despeito de previsões que davam-no como liquidado em dois tempos, teve oportunidade de fazer mais um de seus discursos emocionais, pausados e de grande poder retórico.
“Um novo país emergiu em 24 de fevereiro, às 4 da madrugada. Não nasceu, renasceu. Um país que não chora, não grita, não se apavora. Não foge. Não desiste. Não esquece”.
“Cada novo dia é uma nova razão para não desistirmos”, prosseguiu. “Porque tendo chegado até aqui, não temos o direito de não ir até o final. Qual é o final da guerra para nós? Dizíamos: ‘a paz’. Agora dizemos: ‘a vitória’.”
Há 31 anos, os ucranianos votaram para se separar das ruínas do que um dia foi a União Soviética. Nesta quarta (24), o aniversário de independência é celebrado com bem menos euforia e civilidade. O país espera mais ataques russos, talvez com novos bombardeios em Kiev, a capital do país, em represália ao atentado que matou a jornalista nacionalista russa Oksana Baulina, atentado que Putin e seus acólitos atribuem às forças ucranianas.