Governador do estado de São Paulo e candidato à reeleição, Rodrigo Garcia (PSDB) concedeu longa entrevista a órgãos de imprensa das Organizações Globo nesta segunda (15). O autointitulado “paulista-raiz” se disse eleitor “frustrado” de Jair Bolsonaro e aparentemente fez questão de se mostrar equidistante na briga entre o presidente e o ex-parceiro João Doria, de quem herdou a cadeira no Bandeirantes.
“Essa briga só atrapalhou São Paulo nos últimos anos”, disse, como se a assistisse à pugna de um território neutro, não do centro de poder paulista.
Garcia ainda disse não ver concretude nas sistemáticas críticas de Jair Bolsonaro às urnas eletrônicas e ao regime democrático. “Temos hoje uma desarmonia de poderes. Estamos longe de ter uma democracia ameaçada.”
A equipe do governador pinçou para o Twitter de Garcia até às 16h desta segunda (15) duas passagens da entrevista. Na primeira, o governador faz mais um “salve” à PM e ao eleitorado de direita preocupado com a segurança ao chamar o policial que matou o atleta Leandro Lo de “assassino”. “O policial está preso (…) Não é policial, é um assassino. Não representa a Polícia Militar de São Paulo, não representa o esforço de treinamento e profissionalização da polícia”.
Na segunda passagem, disse que 4,5 milhões de pessoas pobres e extremamente pobres de São Paulo não irão pagar impostos nos próximos quatro anos, caso vença as eleições. “Vamos devolver no CPF delas o imposto estadual que ela pagou [em produtos, com nota fiscal]. Não adianta você desonerar para camada mais rica o imposto. Eu preciso fazer com que o pobre não pague imposto em São Paulo.”