Lula explicita fim do Auxílio Brasil em dezembro, e Bolsonaro tenta conter dano

Lula e Bolsonaro || Crédito: Reprodução/Alan Santos/PR

Em nova guerra de lives, no sábado (13), Lula expõe limites da PEC Kamikaze, e Bolsonaro busca desclassificar declaração do oponente

A aprovação da PEC Kamikaze no apagar das luzes do primeiro semestre no Congresso Nacional, ampliando para R$ 600 o valor do Auxílio Brasil, tornou-se o principal cabo eleitoral de Jair Bolsonaro em sua campanha de reeleição. Junto com o projeto que reduziu na marra a alíquota de ICMS sobre os combustíveis cobrado pelos estados, as bondades aumentaram em alguns bons bilhões a bomba fiscal para 2023.

A PEC Kamikaze, aprovada por conta da extensão de um período de emergência tem data para acabar, dezembro de 2022. Sabedor disso, Lula tem explorado os limites da medida, e Bolsonaro tem devolvido que o texto da lei não é exatamente como o oponente diz que é… o texto da lei.

No sábado (13), o presidente esteve mais algumas horas em outro podcast, e, informado de que Lula havia, em live com seu novo amiguinho de infância, o deputado federal André Janones (Avante-MG), explicitado os limites da Kamikaze, tentou emendar o que não tem emenda.

Disse Lula:

“Bolsonaro fez uma bobagem muito grande quando ele fez a PEC para criar o estado emergencial, para poder criar o auxílio emergencial. Ele disse que o auxílio emergencial era uma ajuda que ia sair de R$ 400 R$ 600 até dezembro. Isso é o que está na lei. Isso é o que os deputados aprovaram e o que foi votado.”

Bolsonaro replicou:

“O que eu já conversei com o Paulo Guedes, que eu não faço nada sem conversar com ele, sem conversar com o respectivo ministro (…) Vai ser mantido os R$ 600 de auxílio emergencial no ano que vem.”

Em 2020, quando irrompeu a pandemia, Paulo Guedes achava razoável um auxílio de R$ 200, cabendo aos deputados dobrar o valor. Guedes ainda mandou uma de suas previsões furadíssimas: “Com 3 bilhões, 4 bilhões ou 5 bilhões de reais a gente aniquila o coronavírus.”