Convenções confirmam que PT segue com Freixo, Damares briga com Flávia e Soraya sai para presidente

Soraya Thronicke, Bivar, Moro, Damares e Flávia Arruda || Crédito: Michel Jesus/Pablo Valadares/Câmara dos Deputados/Waldemir Barreto/Agência Senado/Isac Nóbrega/PR/Luis Macedo/Câmara dos Deputados

Partidos e coligações definem chapas, que têm cabeçadas no Rio, em que PT e PSB tentam superar crise, e Brasília, com ex-ministras disputando uma só vaga; no UB, Bivar vai com senadora

Esta sexta-feira (5) marca o encerramento do prazo para a homologação das chapas para as eleições 2022. Com as diversas chapas estaduais também se consolidando, houve desistências, confirmações, ressurreições e, no Rio, um gesto que se revelaria suicídio eleitoral digno de antologia acabou por ser revertido.

Em Brasília, em reviravolta na chapa governista, que tem o governador Ibaneis Rocha (MDB) como candidato ao Buriti e apoio de Jair Bolsonaro, a candidata ao Senado, a deputada federal e ex-ministra Flávia Arruda, irá enfrentar sua ex-colega de Esplanada Damares Alves, que concorre pelo Republicanos. A ex-ministra da Mulher e dos Direitos Humanos resistiu aos movimentos palacianos que pediam uma única candidatura à vaga solitária do Senado do DF em outubro.

Diante da resistência de Damares, Bolsonaro já havia tentado dizer que não tinha nada com isso. “Alguns acham que eu tenho ascendência sobre a Damares. Não tenho. A Damares é dona de si”, disse, recentemente. A primeira-dama, Michelle Bolsonaro, prestigiou a cerimônia do Republicanos que consagrou a ex-ministra.

O UB, que até a semana passada mantinha a candidatura presidencial mandrake de seu capo, o deputado federal pernambuco Luciano Bivar, homologou a senadora Soraya Thronicke (MS). Ela vai disputar a presidência.

Em evento em São Paulo prestigiado pelo ex-ex-ex Sergio Moro, candidato ao Senado pelo Paraná pela sigla, e pelo governador bandeirante, Rodrigo Garcia (PSDB), que conseguiu fechar apoio do UB à sua candidatura, Soraya disse: “Em 2018, votamos para tirar o que estava errado. Agora, em 2022, votaremos para tirar o que também não deu certo. Essas pessoas com radicalismos fizeram o País andar para trás.”

No Rio, o bom-senso prevaleceu na coligação PT-PSB. A anunciada autofagia a ser perpetrada pelo PT fluminense, que queria porque queria forçar a retirada da candidatura de Alessandro Molon (PSB) ao Senado, sob pena de deixar de apoiar o candidato a governador Marcelo Freixo (PSB), acabou não acontecendo.

O PT, por decisão do comando nacional, segue com Freixo, mas apoia o seu próprio candidato ao Senado, o deputado estadual André Ceciliano.