A frase famosa e proverbial da cobertura televisiva do Carnaval – “não tem hora para acabar” – poderia ser aplicada para o mau momento (para os colaboradores) por que passa o chamado ecossistema de inovação e empreendedorismo brasileiro.
Diversas startups, algumas delas consideradas unicórnios (com valor de mercado que supera o US$ 1 bi), passam por “ajustes” em seu quadro de funcionários. A onda se iniciou no começo do ano e seguiu ao longo dos últimos meses, segundo o site especializado Layoffs Brasil.
Passaram pelo facão Quinto Andar (que teria cortado de 160 a 4 mil funcionários, a depender da fonte); Loft, que em duas oportunidades demitiu mais de 500 colaboradores; Vtex (facão em cerca de 200 colaboradores); Goomer (corte de aproximadamente 20% do quadro). Involves, Alice e outras também aparecem na lista da Layoffs.
Os dados não foram confirmados pelas empresas, que são bastante diligentes com o que chamam de “informações sensíveis”.
Em entrevista a PODER, o investidor Romero Rodrigues justificou a onda de demissões como fruto de uma revisão dos “valuations” das startups – brasileiras e mundiais –, que subiram muito na pandemia. O movimento não impactou o sucesso na captação de recursos para um fundo de venture capital que ele, em nome da corretora de atuação global Headline, abriu no mercado junto com a XP justamente para irrigar novas startups.
Leia a entrevista com Romero Rodrigues, aqui.