Com “acordão”, democratas recolocam na mesa taxação de grandes empresas

Joe Manchin || Crédito: CC/Flickr/Third Way Think Tank/401kcalculator.org

Senador Joe Manchin, da Virgínia Ocidental, amarra legislação para subsidiar economia verde e custos do MedCare, com endosso de Joe Biden

A taxação de grandes empresas, programa que faz parte da agenda de Joe Biden e que sofreu avarias com a perda de popularidade  do presidente estadunidense e a instabilidade da tênue maioria democrata no Congresso, voltou à mesa.

O senador democrata da Virgínia Ocidental, Joe Manchin, que refugava em prestar apoio ao “bill”, e, com isso, fazia desandar a maioria democrata, amarra legislação que, caso aprovada, garantirá estímulos a dois programas caros a Biden, o de transição para uma economia verde (ou minimamente verde) e outro que subsidia remédios para consumidores e garante apoio para o MedCare.

Uma taxa de 15% incidiria sobre  companhias com negócios globais e movimentação acima de US$ 1 bilhão. Biden, segundo informou a agência Reuters, chama essa alíquota de “taxa de justiça”, já que companhias bilionárias, como ele mesmo informou recentemente, citando a revista Fortune, pagaram zero de imposto no último ano.

O programa em que Manchin trabalha se chama “Inflation Reduction Act”. Escreveu o senador, citando as grandes corporações:

“É errado que algumas das maiores companhias do país não paguem nada de impostos enquanto se beneficiam livremente de nossas seguranças militar e jurídica e da infraestrutura (…) Além disso, a reforma tributária não deve colocar os negócios do país em desvantagem contra a competição internacional.”

A taxação ajudaria a prover isenções para estimular produção e consumo de  carros elétricos, além de prover garantias fiduciárias para o programa de saúde MedCare, instituído por Barack Obama.