Dos três mais constantes alvos de Jair Bolsonaro no STF, Alexandre de Moraes, Luís Roberto Barroso e Edson Fachin, o último talvez seja vítima das maiores grosserias do presidente, possivelmente por certa associação com o Movimento Sem Terra (MST), entidade que Fachin diz jamais ter defendido.
(Se bem que é difícil imaginar grosseria maior do que levianamente ser associado à pedofilia, relação de que é vítima Barroso).
Pois bem, o trio foi novamente citado pelo presidente, desta vez na infame reunião com embaixadores na segunda (18).
“Quando se fala em eleições, vem a nossa cabeça a palavra transparência. E o senhor Barroso e o senhor Fachin começaram a andar pelo mundo me criticando como se eu estivesse preparando um golpe por ocasião das eleições. É exatamente o contrário o que está acontecendo. O Barroso faz uma palestra nos Estados Unidos chamada ‘como se livrar de um presidente’”, disse Bolsonaro.
Mais à frente, disse que “nunca mandou prender deputado”, como se tivesse esse poder. “Quem prendeu foi outro colega deles, Alexandre de Moraes.”
De volta a Fachin, que durante o recesso de julho do Judiciário atua como plantonista do TSE, foi exatamente pelo novo ataque ao sistema eleitoral brasileiro que o ministro deu curso às representações de partidos de oposição contra as falas de Bolsonaro na segunda.
As siglas acusam Bolsonaro de espalhar desinformação, fazer propaganda eleitoral antecipada e servir-se de meio de comunicação indevido.
Fachin acolheu os pedidos feitos na terça (19) e deu cinco dias para o presidente se manifestar.