Ricardo Galvão

Ricardo Galvão || Créditos: Waldemir Barreto/Agência Senado

Ex-presidente do Inpe ganha público maior e mais heterogêneo após demissão persecutória de Bolsonaro e aproveita espaço

Se para alguma coisa serviram as demissões injustificadas e persecutórias de Jair Bolsonaro e seus associados, foi para dar alguma publicidade a gente cujas ideias dificilmente ultrapassariam sua grei de iniciados.

Caso do ex-presidente do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), Ricardo Galvão, silenciado e demitido pelo governo federal apenas por exibir os dados de desmatamento da Amazônia registrados corriqueiramente pela instituição.

Galvão agora fala a um público mais heterogêneo por meio de uma conta no Twitter. No domingo, 17 de agosto, dia em que é celebrado o Dia de Proteção às Florestas, ele mostrou um“timelapse” da terra indígena Uru Eu Wau Wau, em Rondônia, e afirmou que, em 30 anos de desmatamento crescente, apenas 1,6% ocorreu em áreas demarcadas dos povos originários.

Nesta segunda (17), voltou à carga com estatística demoníaca e nociva, para usar os adjetivos agora mobilizados pelo senador Rodrigo Pacheco, que dá conta que 18 árvores foram perdidas no Brasil em 2021.

Ah! sim: dezoito árvores por segundo.