Se para alguma coisa serviram as demissões injustificadas e persecutórias de Jair Bolsonaro e seus associados, foi para dar alguma publicidade a gente cujas ideias dificilmente ultrapassariam sua grei de iniciados.
Caso do ex-presidente do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), Ricardo Galvão, silenciado e demitido pelo governo federal apenas por exibir os dados de desmatamento da Amazônia registrados corriqueiramente pela instituição.
Galvão agora fala a um público mais heterogêneo por meio de uma conta no Twitter. No domingo, 17 de agosto, dia em que é celebrado o Dia de Proteção às Florestas, ele mostrou um“timelapse” da terra indígena Uru Eu Wau Wau, em Rondônia, e afirmou que, em 30 anos de desmatamento crescente, apenas 1,6% ocorreu em áreas demarcadas dos povos originários.
17 de julho é o dia de proteção às florestas. Por isso gostaria de ressaltar a importância da demarcação de terras indígenas.
De todo o desmatamento ocorrido no Brasil nos últimos 30 anos, apenas 1,6% foi dentro de território indígena. pic.twitter.com/RcRZufASe0
— Ricardo Galvão (@ricardogalvaosp) July 18, 2022
Nesta segunda (17), voltou à carga com estatística demoníaca e nociva, para usar os adjetivos agora mobilizados pelo senador Rodrigo Pacheco, que dá conta que 18 árvores foram perdidas no Brasil em 2021.
Ah! sim: dezoito árvores por segundo.