Rishi Sunak

Rishi Sunak || Crédito: Chris McAndrew

Favorito à sucessão de Boris Johnson dentro do partido Conservador, ex-ministro do Tesouro britânico é lembrado por colega que também ambicionava o posto que “difamações e ataques” não perfazem boa estratégia de longo prazo

O partido Conservador britânico tem tradição centenária e é a principal força – às vezes a segunda principal força – do sistema político do Reino Unido. Mas em certas ocasiões lembra o PSDB.

O mandato novelesco de Boris Johnson como primeiro-ministro britânico, encerrado precocemente há cerca uma semana, revelou um partido fraturado, que teve de se dobrar à força que Johnson ainda mantinha na sigla, a despeito de seus inúmeros escândalos e da perda vertiginosa de popularidade.

Muito bem: a Lusitana roda e nesta quarta (13), uma primeira rodada de votação foi levada a cabo dentre os candidatos conservadores para definir o substituto de Johnson.

Entre mortos e feridos – dois candidatos foram eliminados –, o mais votado foi o ex-ministro do Tesouro, Rishi Sunak. Ele terá de confirmar seu favoritismo em novo sufrágio com outros cinco adversários. Sunak teve 88 votos, à frente da ministra do Comércio, Penny Mordaunt, que teve 67 votos, e de Liz Truss, secretária de Relações Exteriores, que teve certo protagonismo nas últimas semanas com a invasão da Ucrânia, sufragada por 50 colegas.

Um dos eliminados no reality show desta quarta, Jeremy Hunt, foi ao Twitter sugerir calma aos classificados. No que chamou de  “conselho gentil” aos colegas, escreveu:  “Difamações e ataques podem gerar ganhos táticos no curto prazo, mas serão um problema mais tarde. A nação nos olha e ela já viu bastante do nosso drama”.