Na “falta” de escândalos, denúncias de assédio sexual de “escada” das lives de Bolsonaro movimentam Brasília

Pedro Guimarães || Crédito: Marcos Corrêa/PR

Pedro Guimarães, principal figurante das lives presidenciais e presidente da Caixa, é investigado pelo MPF após denúncias de subordinadas; portal Metrópoles revela “toques íntimos não autorizados” e “convites heterodoxos”

O governo Bolsonaro tem sido pródigo com o jornalismo político. Não há um único dia em que o exército Brancaleone da Esplanada e seu capitão não produzam material copioso para os órgãos de comunicação.

Esta quarta-feira (29) amanheceu com Pedro Guimarães, o neobolsonarista que é principal escada das lives de Bolsonaro – ele também é presidente da Caixa Econômica Federal –, ameaçado de demissão por conta de uma coleção de denúncias de assédio sexual feitas por subordinadas dele no banco.

O assunto foi revelado pelo portal Metrópoles e as denúncias são investigadas no Ministério Público Federal. Ao Metrópoles, nada menos do que cinco funcionárias concordaram em conceder entrevistas – parte desse grupo já denunciou o chefe ao MPF.

Segundo o portal, “os depoimentos são fortes. As mulheres relatam toques íntimos não autorizados, abordagens inadequadas e convites heterodoxos”. As denunciantes, segue o Metrópoles, se “sentiram abusadas por Pedro Guimarães em diferentes ocasiões, sempre durante compromissos de trabalho.”

O governo, seus acólitos e sua rumorosa torcida está em silêncio na “ágora” preferencial da tigrada, o Twitter. Espécie de Augusto Nunes sem passagem pregressa por redações, Bernardo Kuster tentou contemporizar:  “Verdadeiras ou não as acusações de assédio contra o Pedro Guimarães da Caixa, uma coisa infelizmente é verdadeira: para a opinião pública, acusação de abuso já é sentença condenatória. Só que nem sempre é verdade. Johnny Depp que o diga.”

Pela oposição já se manifestaram nesta quarta (29) os senadores Randolfe Rodrigues (Rede-AP) e Humberto Costa (PT-PE), as deputadas federais Gleisi Hoffmann (PT-PR), líder do PT, Erika Kokay (PT-DF),  Benedita da Silva (PT-RJ), Joice Hasselmann (PSDB-SP), Sâmia Bomfim (Psol-SP), a lista é grande.