Lira, Ciro Nogueira e Bolsonaro armam coro histérico contra Petrobras

Reajuste de preços dos combustíveis por petroleira desencadeia reação orquestrada e histriônica de presidente da Câmara e governo federal

Arthur Lira, Ciro Nogueira e Jair Bolsonaro || Crédito: Luis Macedo/Câmara dos Deputados/Beto Barata/Agência Senado/Isac Nóbrega/PR

Nunca tantos reclamaram por tão pouco. Descortinando sem mais aquela sua ligação dir-se-ia carnal com o governo Bolsonaro, o presidente da Câmara Federal, Arthur Lira (PP-AL), dito o Imperador do Centrão, engrossou o coro histérico contra o alinhamento de preços dos combustíveis feito pela Petrobras nesta sexta (17).

Lira foi ao Twitter, por volta das 11h, espinafrar o atual comandante da petroleira, José Mauro Ferreira Coelho, um entre tantos indicados por Bolsonaro para o posto. “O presidente da Petrobras tem que renunciar imediatamente. Não por vontade pessoal minha, mas porque não representa o acionista majoritário da empresa —o Brasil— e, pior, trabalha sistematicamente contra o povo brasileiro na pior crise do país”, mandou.

Uma hora depois, ainda mais histriônico, dobrou a aposta: “Esse é um dos números do desastre provocado pela atual gestão contra o Brasil, os brasileiros e a própria Petrobras. Saia daí, saia já! Esse lugar não é seu. É do Brasil.”

Ataques também foram feitos por Bolsonaro, que também pelo Twitter disse que “a Petrobras pode mergulhar o Brasil num caos” e viu maquinação político-partidária contra seu governo no reajuste – como se não fosse ele, Bolsonaro, o sujeito que indicou o atual presidente da Petrobras.

Ciro Nogueira, ministro da Casa Civil do governo federal e outro ponta-de-lança do Centrão também subiu nas tamancas: “Basta! Chegou a hora. A Petrobras não é de seus diretores. É do Brasil. E não pode, por isso, continuar com tanta insensibilidade, ignorar sua função social e abandonar os brasileiros na maior crise do último século.”