Abstinência de Musk no Twitter pode fazer rede dar a empresário o que ele quer

Elon Musk || Crédito: ZACK/MCOM

Falta de postagens por 24 horas tem efeito mais persuasivo do que ameaças de empresário de melar negócio; Musk rechaça número de contas falsas, e Twitter fala em acesso massivo

(Este post foi atualizado. Veja abaixo)

Muita gente já esperava os recuos, negaceios e bravatas do bilionário Elon Musk ao longo da negociação de compra do Twitter por anunciados US$ 44 bi. Mas o empresário vem prolongando e colocando em “hold” a aquisição. Tudo por conta, aparentemente, de uma dificuldade de acesso a certas informações.

Acesso a certa informação, no singular, na verdade. Musk alega que não consegue receber o dado real de contas falsas (ou “bots”) que proliferam no Twitter. O teto de 5% divulgado pela empresa é inverossímil, na visão do empresário, que imagina algo em torno de 20%.

Mas uma reviravolta pode estar a caminho. O jornal The Washington Times, controlado por Jeff Bezos, companheiro de Musk no seleto pódio dos superbilionários mundiais, publicou nesta quarta (8) que a rede vai dar acesso a 500 milhões de postagens de sua operação diária à equipe de Musk.

Especula-se se isso irá terá mesmo o condão de desempatar o negócio.

Seja como for, Musk parece ter achado uma maneira de pressionar acionistas e executivos do Twitter para conseguir os desejados números – e essa maneira não é exatamente ameaçando desfazer o deal.

É que o empresário, “adicto” de Twitter desde 2009, não posta há mais de 24 horas.

Exegetas do comportamento de Musk batem cabeça para entender seus próximos passos. A última postagem do empresário, na terça (7),  dá esperança para o Twitter, já que Musk fez então uma crítica ácida ao concorrente YouTube.

Atualização: pouco depois das 15h (horário de Brasília), Musk respondeu tuíte compartilhando notícia que repercutia a publicação do The Washington Post e chamou seus próprios planos, ironicamente, de “diabólicos”