Desde que foram reveladas as festas ocorridas em Downing Street, 10, endereço da residência do primeiro-ministro britânico, Boris Johnson, durante momentos diferentes e severos do lockdown no Reino Unido, o líder conservador balança no cargo. Aqui e ali, Johnson buscou meios de se aferrar ao posto, inclusive tentando angariar alguma proeminência mundial nas primeiras semanas da guerra entre Rússia e Ucrânia.
O chamado partygate, contudo, parece ter sido fatal para a popularidade do primeiro-ministro, que foi vaiado na sexta (3) ao chegar à cerimônia dos 70 anos de poder da rainha Elizabeth II na Catedral de S.Paul.
Com tudo isso, nesta segunda (6), Johnson enfrenta nova prova de fogo. Uma moção de desconfiança, pedido por número deteminado de integrantes de seu próprio Partido Conservador, será votado no fim do dia. Caso não tenha a maioria simples, Johnson terá de deixar o cargo.
Johnson disse no sábado (4), em resposta aos colegas conservadores, que “parte das críticas que recebe é justificada, parte, não”.
“Onde houver pontos válidos, eu vou ouvir e acatar e fazer mudanças significativas”. Mas, como a querer criar a percepção de que cometia um ato falho, completou: “E, é claro, vou continuar a ouvir e acatar os colegas para implementar as melhorias que acharem pertinentes.”