Primeira rede de TV independente focada nas favelas anuncia estúdio em Paraisópolis

Gilson Rodrigues e Marx Rodrigues // Créditos: Anderson Jorge/CriaBrasil

+FavelaTV promete entregar conteúdo para todos os gostos e faixas etárias, com programas voltados ao esporte, empreendedorismo, celebridades, educação infantil e bem-estar

Após se lançar no mercado como o maior ecossistema de comunicação na periferia, a Sou+Favela e o G10 Favelas divulgam seu braço especial de televisão – criado na favela para a favela. Disponível nos formatos on demand – no qual o público consegue controlar o que deseja assistir – e linear, que é a programação padrão, a +FavelaTV promete entregar conteúdo para todos os gostos e faixas etárias, com programas próprios voltados ao esporte, empreendedorismo, celebridades, educação infantil e bem-estar, entre outros.

A rede independente é considerada a primeira emissora de TV no formato de plataforma interativa do país, dentro da periferia – sendo fruto de uma parceria entre a empresa e o bloco de líderes e empreendedores de impacto social, com atuação em 350 comunidades no Brasil. Para Marx Rodrigues, CEO da Sou+Favela, o projeto fortalece uma mudança na comunicação entre as marcas e a audiência das comunidades, que agora encontrarão um conteúdo mais assertivo e relevante. “Mesmo com uma relação sólida, além de primária, a televisão convencional nunca entregou mensagens que geravam impacto no público da favela. Fortaleceremos identificação e pertinência à audiência”, comenta Marx.

Também à frente da iniciativa, Gilson Rodrigues – presidente do G10 Favelas – afirma que o formato interativo da televisão é uma vantagem única. Há dois anos o Brasil se destaca globalmente no consumo de vídeos online, com uma diferença superior a 15% comparada à média em outros países – número que subiu aceleradamente com o confinamento social e crescimento superior a 50% comparado ao período pré-pandemia. “A liberdade de escolher o que, como e quando assistir é uma novidade aqui na favela. Estávamos acostumados a consumir o que estava disponível na grade, agora muda tudo”, pontua ele.