O Pacto Global da ONU Brasil, maior ação de sustentabilidade corporativa do mundo, apresentou sua Ambição 2030, iniciativa composta por sete grandes movimentos criados para acelerar as metas propostas pela Agenda 2030 da ONU, com ‘Ring the Bell’ na B3, a Bolsa de Valores de do Brasil, para engajar as empresas e suas lideranças em torno dos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS).
“Estamos num momento crucial de reiniciar nossa relação com o planeta e a economia. Temos que aumentar a ambição por meio de ações coletivas. É importante e necessário, os stakeholders estão cobrando. Nós, líderes empresariais, temos que ser os catalisadores da mudança que o mundo precisa e quer ver”, diz Carlo Pereira, CEO do Pacto Global da ONU Brasil. “O setor privado brasileiro já entendeu o quanto é importante ter os ODS dentro das suas estratégias de negócio, muitas pautas de ESG vêm sendo tratadas no mercado financeiro, mas há um ator muito importante dentro das empresas que não pode ser esquecido, que é o CFO”, explica.
Dezenas de Diretores Financeiros (CFOs) anunciaram no ano passado um compromisso de investimento coletivo de mais de US$ 500 bilhões em busca dos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável, em parceria com o Pacto Global da ONU. Agora, a CFO Coalition quer chegar a 30 trilhões de dólares até 2030 investidos para desenvolvimento dos ODS, globalmente. O capítulo brasileiro pretende também desenvolver guias e ferramentas para facilitar a mobilização de capital pelos CFOs locais, atuando junto ao setor privado e ao setor financeiro. A meta é ter 100 CFOs no Brasil participando da iniciativa e assumindo compromissos até 2023.
O Movimento lançado no ano passado terá capítulo brasileiro secretariado por Maria Eugênia Buosi, CEO da Resultante ESG. “A CFO Coalition é uma chamada à ação para as lideranças financeiras das empresas. O momento é de traduzir a agenda dos ODS para o processo de decisão de investimento. No Brasil, queremos engajar os CFOs por meio da criação de um espaço de debates e com o desenvolvimento de ferramentas que considerem as necessidades das empresas e a urgência do tema globalmente”, adianta Maria Eugênia.
No evento da B3, que contou também com os apoios da Ambipar e da Zenklub, foi anunciada a adesão da Escola de Administração de Empresas de São Paulo da Fundação Getulio Vargas (FGV EAESP), uma das melhores instituições de negócios do mundo, ao Pacto Global da ONU no Brasil.
Gilson Finkelsztain, CEO da B3, ressaltou a importância das práticas ESG na Bolsa do Brasil. “Ser uma companhia alinhada às melhores práticas ESG é uma construção, uma transformação que vem de dentro para fora e que precisa estar conectada na estratégia. Ao propor essa reflexão, uma companhia não apenas consegue identificar questões relevantes para o seu negócio e fazer gestão de risco adequada como também consegue identificar oportunidades, calibrar estratégias, promover melhorias nos serviços e processos, sempre tendo como fio condutor os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS)”.