Credit Suisse anuncia perdas bilionárias quatro vezes maiores do que o previsto

Centenária instituição bancária patina no último trimestre de 2021, amargando prejuízo de US$ 2,2 bi; novo CEO, que substitui português derrubado precocemente, fala em “plano estratégico”

Thomas Gottstein || Crédito: Reprodução/YT/Credit Suisse

O Brasil nos últimos anos conheceu a relatividade da expressão “fundo do poço”. Quando se imaginava que ela já havia sido de velho atingido, descobria-se que havia muito, muito mais a escavar.

Pois bem, a instituição financeira Credit Suisse parece viver inferno parecido.

Depois de assistir à renúncia-relâmpago do CEO António Horta-Osório, português que ingressou no banco em 2021 para tentar reverter perdas bilionárias pregressas e acabou derrubado por condutas pessoais reprováveis, esta quinta (10) traz novas más notícias para seus acionistas.

Em comunicação ao mercado, o banco reportou perdas no último trimestre da ordem magnífica de US$ 2,2 bi. O resultado de 2021, também divulgado, é de menos US$ 1,7 bi, prejuízo quatro vezes maior do que o previsto.

O CEO atual, Thomas Gottstein, disse, filosofando sobre o óbvio, que 2021 foi um ano “muito desafiador” para o Credit Suisse, citando explicitamente a má associação com a empresa Archegos e aquisições pregressas como responsáveis pelo descalabro.

Gottstein foi inquirido por jornalistas se se considerava a pessoa certa para “rejuvenescer” a centenária instituição. Devolveu falando algo sobre “compromisso total” e “plano estratégico de três anos”.