O mundo gira, a Lusitana roda, mas o PSDB segue sendo o velho PSDB de sempre. Depois que o reality show doméstico de novembro – chamado oficialmente de “prévias – celebrou a candidatura presidencial do governador paulista João Doria em outubro, seus oponentes dentro da sigla passaram, aparentemente, da lamúria à ação.
Nesta terça (8), em Brasília, um jantar na casa do ex-deputado e ex-ministro Pimenta da Veiga reuniu cardeais do partido descontentes com a candidatura Doria – que, como se sabe, atolou em níveis baixíssimos nas pesquisas que medem os humores eleitorais.
Além do governador gaúcho Eduardo Leite, que vem sendo considerado de novo para a corrida presidencial, agora por outro partido, o PSD de Gilberto Kassab, estiveram no convescote, conforme publicou O Estado de S.Paulo, o deputado federal Aécio Neves (MG), o senador Tasso Jereissati (CE) e o ex-senador José Aníbal (SP).
Nada de novo no front: são eles que conspiram diuturnamente contra as pretensões de Doria. O governador chegou a comentar nesta quarta (9), à rádio Eldorado, do grupo do Estadão, que aquilo foi um “jantar de derrotados”.
“Não me parece que cinco pessoas sentadas num jantar possam representar o PSDB. O PSDB é maior do que 5 pessoas que ali representavam derrotados.”
O presidente nacional do partido, ex-deputado federal Bruno Araújo compelido a se manifestar, foi ao Twitter:
“Na política tudo tem um tempo. É legítimo solicitar desempenho de qualquer candidatura, mas para que haja credibilidade nesses propósitos o tempo precisa ser respeitado. Não é o momento para essa cobrança.”
Na política tudo tem um tempo. É legítimo solicitar desempenho de qualquer candidatura, mas para que haja credibilidade nesses propósitos o tempo precisa ser respeitado. Não é o momento para essa cobrança.
— Bruno Araújo (@BrunoAraujo456) February 9, 2022