Não que a ex-presidenta (tudo bem assim?) tenha se esforçado para que seu nome viesse tanto à tona estes dias. Mas ele veio, e da boca de Lula e de sua nêmesis, Jair Bolsonaro. Nesta terça (8), manchete vespertina da versão digital da Folha de S.Paulo dava conta de um encontro entre Lula e Dilma, em 13 de janeiro, em que a ex-presidenta associava, por certa via erudita, Alckmin a Temer.
Dilma teria perguntado a Lula se o possível vice de sua chapa presidencial “valeria uma missa”, ao que o capo do PT disse que sim.
A história da fidalguia francesa, a tal via erudita usada por Dilma na conversa com Lula, é certamente só mais um tema que Jair Bolsonaro desconhece, e, claro, não foi por aí que ele se apoiou na antecessora para se gabar. Ou, na verdade, para se defender, tentando justificar seu gasto recorde no cartão corporativo. Em três anos, ele já torrou mais do meu, do seu, do nosso dinheirinho do que Dilma e Temer em quatro anos.
A seu estilo, defendeu atacando:
“Meu gasto é grande, sim. (…) Quase tudo aqui é financiado com cartão corporativo. Eu posso ir ao Nordeste com dois seguranças? Não, eu tenho que ir com 50”, disse, na segunda (7), para em seguida, mandar:
“Dilma viajava para inaugurar o quê? Não fizeram nada. Gastavam com segurança para ela? Não tinha, ninguém estava atrás dela pra fazer besteira.”
Ainda nesta terça, o economista-chefe do fundo Verde Asset, Daniel Leichsenring disse em carta ao mercado que os governos de Bolsonaro e Dilma são “irmãos gêmeos, separados no nascimento”. Tratava-se de uma crítica, caso não tenha ficado claro.
A Faria Lima definitivamente desembarca de seu apoio sorridente a Bolsonaro.