O encontro entre o governador de Pernambuco, Paulo Câmara, e o ex-presidente Lula, ocorrido na quinta (3), em São Paulo, para conversas sobre “o futuro, o atual cenário socioeconômico do país” e as eleições “no Brasil e em Pernambuco”, como escreveu Câmara no Twitter, coloca pressão sobre Márcio França, que vem acalentando com afinco sua candidatura a governador do estado de São Paulo.
Lula vem amarrando uma aliança de seu PT com o PSB de Câmara e França, e oferecer a candidatura ao governo de Pernambuco ao PSB, retirando o nome do senador Humberto Costa, pode vir a ser, acreditam os petistas, o gesto de boa vontade que deverá ser pago com a rifa de França.
Lula quer que o “campo progressista” concorra com apenas um candidato ao governo de São Paulo, e o nome ungido é o de seu pau-pra-toda-obra Fernando Haddad.
O ex-prefeito de São Paulo e ex-ministro da Educação do próprio Lula pontua bem em pesquisas quando o nome de Geraldo Alckmin não aparece na paleta do entrevistador. E, ao que tudo indica, o ex-governador de São Paulo já não é mais um “issue” para Lula, tendo sido cada vez mais receptivo às notícias que o dão compondo chapa com o capo do PT.
França, indiferente aos movimentos de seu partido, segue fazendo o que mais gosta: espezinhando João Doria. “Governo Dória: 14 mil crianças sem aulas! Sem previsão! Sem esperança! Muita propaganda, muito marketing, governo pífio! Aumento de impostos, pedágios, IPVA, buracos da Marginal, violência disparou, crianças sem aula”, escreveu em tuíte, compartilhando notícia da Folha de S.Paulo que mostra desencontros problemáticos entre estado e o município de São Paulo na área de educação.
Na hipótese de sua candidatura resistir, Resta saber como e Márcio França vai começar a transferir essas bordoadas que dá em Doria ao candidato do governador ao Bandeirantes em outubro, seu atual vice Rodrigo Garcia, também do PSDB.