Da última vez em que Hans Kluge, diretor da Organização Mundial da Saúde (OMS) na Europa, ousou manifestar algum otimismo sobre o iminente fim da pandemia no Velho Continente, especulando que a Ômicron pode ser a última variante preocupante do ignóbil vírus SarS-CoV-2, seu superior hierárquico, Tedros Ghebreyesus. deu com os quatro pés em seu peito.
“Globalmente as condições são ideais para mais variantes surgirem”, disse Tedros.
Kluge, contudo, voltou a carga nesta quinta (3). Em entrevista coletiva, mandou: “Este contexto, que não tínhamos tido ainda nesta pandemia, nos dá a possibilidade de conseguir um longo período de tranquilidade e um nível muito superior de defesa das populações contra qualquer novo aumento da transmissão, mesmo com uma variante mais virulenta [do coronavírus].”
O executivo aludia às condições que ele vê, hoje, na Europa, que presidem a difusão da Covid-19 pelo continente: a) a imunidade conferida pelas vacinas; b) a iminência do fim do inverno; c) menor letalidade da Ômicron.
Até às 16h15 (hora de Brasília) desta quinta, o “bad cop” Tedros Ghebreyesus não havia contido a euforia do parceiro.