O Fundo Monetário Internacional (FMI) é visto por alguns setores da esquerda como uma espécie de belzebu, sorte de Robin Hood ao contrário, instituição financeira que serve aos países desenvolvidos em seu propósito de espoliar as nações em desenvolvimento.
Essa visão é um tanto demodé para a esquerda brasileira, mas ainda faz algum sentido em outros países da América do Sul, como a Argentina.
Pois bem: nesta sexta (28), o presidente argentino, Alberto Fernández, assinou acordo com a instituição para quitar dívida contraída por seu antecessor, o liberal à Menem Maurício Macri.
Como era de se esperar, Fernández justificou seu gesto com um milhão de senões, afirmando em gravação em área externa da residência presidencial de Olivos que o “deal” não “contempla restrições que postergam o desenvolvimento [do país]”. “Não nos impõe chegar a um déficit zero”, disse.
A dívida, de US$ 44 bi, foi chamada de “impagável” pelo presidente em sua conta no Twitter. Também escreveu que ela deixava seu país “sem presente nem futuro”.
“Esta reforma não restringe direitos nem nos impõe uma reforma trabalhista”, tuitou.