É fato que, de uns meses para cá, aumentou bastante a procura por aluguel da jatinhos. Além de garantir o distanciamento pedido pela pandemia de Covid-19, cada vez mais pessoas fazem questão de levar seus pets em suas viagens. Em Hong Kong, por exemplo, essa prática se intensificou nas últimas semanas. As pessoas estão fretando jatos particulares para seus animais de estimação – a única maneira de viajar com eles, pois as restrições da pandemia apertaram o espaço de carga em voos comerciais.
Com o regime de zero Covid instituído por lá, que deixou a taxas de carga nas alturas e provocou inúmeros cancelamentos de voos, as pessoas estão se unindo para alugar aviões a um custo de cerca de US$ 25.665 por cabeça. “Há uma demanda enorme por causa do caos aéreo”, diz Chris Phillips, gerente de transporte de animais da Air Charter Service, uma corretora de jatos particulares. “Muitas pessoas que estão de férias ou a trabalho em Hong Kong querem levar seus pets de volta [aos seus países de origem] e simplesmente não conseguem fazê-lo em rotas comerciais.”
As autoridades locais proibiram neste mês voos de passageiros de oito países como parte das duras políticas de eliminação de coronavírus na região. O rigoroso regime de quarentena do território está levando alguns expatriados a abandonar a cidade, enquanto um número crescente de cidadãos locais está se juntando a esquemas de imigração estabelecidos pelo Reino Unido, Austrália e Canadá após a agitação política no território chinês em 2019.
Com o intuito de acabar com o vírus, o governo de Hong Kong radicalizou com medidas que se estenderam aos animais de estimação. Esta semana foram abatidos mais de 1.000 hamsters e colocados em quarentena cerca de 150 visitantes de pet shops por medo de transmissão de animais para humanos.