Hermès processa artistas que criaram versão da icônica bolsa Birkin para o metaverso

A marca francesa alega que a MetaBirkin é fake e entrou com uma ação contra os criadores da bolsa comercializada na realidade virtual

Pouco tempo atrás, a notícia de que a Hermès teria entrado para o metaverso com sua icônica bolsa Birkin viralizou no mundo da moda. Afinal, a informação de que uma das mais tradicionais casas de luxo poderia estar investindo na realidade virtual revolucionaria o mercado fashion. Acontece que, sim, existe uma MetaBirkin, porém ela não foi desenvolvida pela label, mas pela dupla de artistas Mason Rothschild e Eric Ramirez, e essa história já está rendendo. Isso porque a centenária Hermès não ficou nada feliz ao ver sua exclusivíssima e cobiçada Birkin
comercializada dentro dos NFT’s (sigla em inglês para ‘token não fungível’).

Para se ter uma ideia, o faturamento das versões online do acessório de luxo já ultrapassa US$1 milhão (mais de R$5 milhões na conversão atual). Com toda a repercussão, a marca entrou com uma ação contra Mason e Eric em um processo que tem mais de 47 páginas e alega que todo o sucesso de vendas “decorre de seu uso confuso e diluído da Hermès” e que as bolsas digitais são “fake”. Por outro lado, os artistas se posicionaram com a liberdade poética de criar produtos imaginários para a internet, enquanto a maison francesa questiona os direitos autorais em torno da peça super exclusiva e que se valoriza no mercado a cada ano.