Piti de Lira põe luz sobre projeto do Senado que cria banda de preços para combustíveis

Arthur Lira, Rodrigo Pacheco e Jean Paul Prates || Créditos: Luis Macedo/Câmara dos Deputados/Pedro Gontijo/Senado Federal/Waldemir Barreto/Agência Senado

Rodrigo Pacheco diz que irá pautar projeto aprovado na Câmara, mas lembra de matéria em discussão no Senado que modifica regime de cobrança e cria “gordura” para amortecimento do preço internacional do petróleo

O piti dado pelo presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL) ,no domingo (16), passando um sabão em governadores e senadores por não terem ajudado a fazer tramitar no Senado projeto de lei feito (como de costume) no afogadilho e aprovado na Câmara para tentar minorar os efeitos dos aumentos sistemáticos dos preços dos combustíveis, fez acordar o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG).

Pacheco, cuja persona de presidenciável será vendida mais à frente para um candidato realmente competitivo para gerar dividendos para o PSD e para seu capo, o ex-prefeito de São Paulo e ex-senador Gilberto Kassab, está bastante distante do Twitter, manifestando aqui ou acolá solidariedade com baianos e mineiros por conta das chuvas, inundações e os já previsíveis deslizamentos de terra e soterramentos.

Mas Lira teve o condão de despertá-lo. Segundo o jornal Valor Econômico, o senado irá pautar o projeto polêmico de Lira assim que voltar do recesso – mas, aparentemente, sem qualquer esforço por sua aprovação. O senador por Minas Gerais também lembrou que já há em discussão na casa projeto relatado pelo senador Jean Paul Prates (PT-RN) que discute o tema e cria uma banda de “amortecimento” para os preços dos combustíveis, impedindo os reajustes automáticos por conta da oscilação do preço internacional.

Ao site do PT no Senado, Prates disse, com elegância, que “é no mínimo um equívoco do presidente da Câmara, Arthur Lira, querer atribuir ao Senado a responsabilidade pelo preço absurdo dos combustíveis. É o Senado que está trabalhando em uma solução completa para pôr fim a essa escalada que tanto penaliza os brasileiros.”