Encorajados por União Brasil, nanicos planejam acordo relâmpago nas eleições

Crédito: Marri Nogueira/Agência Senado

Em vez de se manterem federados durante os quatro anos, partidos mudariam a lei e permitiriam a separação antecipada

Partidos nanicos interessados em construir federações para as eleições de outubro têm proposto às grandes legendas a possibilidade de um acordo relâmpago. Em vez se manterem federados durante os quatro anos, conforme prevê a legislação, faria-se um pacto para as eleições e, uma vez eleitos, os partidos mudariam a lei e permitiram a separação antecipada, em 2023.

Dois problemas surgem com essa ideia: o primeiro é a possibilidade de os grandes partidos sufocarem os pequenos, que se aliaram a eles na confiança do fim da federação. A outra, são os tribunais manterem a obrigatoriedade de segurar o acordo até o fim do prazo estipulado, já que havia essa previsão na hora de fechar negócio.

Especialista em direito eleitoral, Ticiano Figueiredo diz que “quem tiver mais cargos, ou seja, eleger mais pessoas, acabará sendo prejudicado na hora de disputar o poder internamente”. Para o advogado, muitos partidos pensam que a federação é simples pela forma prática com que PSL e DEM se juntaram publicamente, ano passado.

Ainda assim, é bom lembrar que, até agora, nada foi formalizado entre as siglas.