A irritação de deputados do Centrão com o governo Bolsonaro tem nome e sobrenome: emendas de relator. Depois de todo o bafafá sobre a liberação de verba discricionária, com envolvimento, inclusive, do Supremo Tribunal Federal (STF), o governo freou o repasse de dinheiro para descontentamento dos congressistas.
Quem decidiu reclamar, falou no pé do ouvido do ministro-chefe da Casa Civil, Ciro Nogueira, que o cofre estava fechado por pura má vontade da ministra Flávia Arruda, que cuida do dinheiro, na secretaria de governo.
Thing is: Ciro está acalmando os ânimos, mas tem pouco a fazer. Aliado de Flávia, sempre diz que o dinheiro só não sai quando o presidente da República não deixa.
Aos mais emocionados, que chegam a pedir a cabeça da ministra, responde com elegância: faltam apenas três meses para a desincompatibilização de integrantes do governo que vão concorrer às eleições. Então, não vale o estresse.
Uma das soluções criadas para acalmar os ânimos é um novo loteamento da Esplanada dos Ministérios, depois que abrirem as vagas dos ministros que serão candidatos a cargos eletivos em outubro
Em meio à pressão de deputados pela demissão de Flávia Arruda, o presidente Jair Bolsonaro saiu em defesa da ministra nesta quarta-feira (5). Ele aproveitou coletiva após receber alta hospitalar em São Paulo para dizer que ela não deixará o cargo.
“Onde a Flávia Arruda está errando? Desconheço. Se estiver ruim, eu chamo e converso com ela, ela jamais será demitida pela imprensa”, afirmou o presidente da República.