No dia em que celebra 64 anos, nesta quinta (16), o governador João Doria cumpriu agenda caprichada de campanha. Ele foi até o canteiro de obras da empresa espanhola Acciona, que retomou a construção da linha 6-Laranja do metrô da cidade de São Paulo.
Lá, ligou o tatuzão, como se chama a máquina “tuneladora”, que vai destruindo as pedras nada literais do caminho e, ao mesmo tempo, cimenta túneis por onde passarão as composições. Há mais de cinco anos que um tatuzão não opera na cidade. As obras da linha 6 ficaram completamente paradas por cinco anos, durante o governo Geraldo Alckmin (ex-PSDB), durante o interinato de Márcio França (PSB) em 2018 e também nos anos iniciais de João Doria.
Esse tatuzão deve construir cerca de 1o quilômetros de túneis entre o rio Tietê e a estação São Joaquim, na área central de São Paulo. Outra tuneladora irá avançar na direção norte, cruzando por baixo o rio e chegando até o bairro populoso da Brasilândia.
Em vídeo, um bem disposto João Doria realçou os números — R$ 16 mi de investimentos, 4 mil funcionários e entrega total da linha para 2024. Falou que é a “maior obra de infraestrutura da América Latina”, algo que ele vem repetindo há algumas semanas, talvez para se contrapor à aterrissagem em solo bandeirante do ministro da Infraestrutura, Tarcísio Gomes de Freitas, que seu chefe quer fazer candidato ao governo de São Paulo em 2022.
O nome de Doria para o Bandeirantes é seu atual vice, Rodrigo Garcia.
As celebrações de aniversário podem continuar com o tema “metrô” por mais um dia, já que no fim de tarde desta sexta (17), Doria deve inaugurar a estação Vila Sônia da linha 4-Amarela, estação prometida para 2014.
Entrou em operação hoje o 1° “tatuzão” da Linha 6-Laranja. Quando pronta, a linha terá 15 km de extensão. O tempo de percurso da Brasilândia até o centro será reduzido de 1h30 com ônibus para 23 minutos com o Metrô. É mais conforto e qualidade de vida para o cidadão. pic.twitter.com/KBXR4EY8KB
— João Doria (@jdoriajr) December 16, 2021