Lexotan de Heleno pode estar a fazer efeito em Bolsonaro

Jair Bolsonaro e Augusto Heleno || Crédito: Carolina Antunes/PR

Presidente diz a claque no cercadinho que eleição de 2022 “vai ser confiável”, em manifestação inaudita de calma advinda, quem sabe, de ansiolítico usado por assessor

Em entrevista publicada na terça (14) pelo portal Metrópoles, de Brasília, o chefe do GSI, Augusto Heleno, disse que teme um atentado contra seu chefe, Jair Bolsonaro, em 2022, e, a seu modo canastrão disse que toma um ansiolítico “na veia” para dar conta de seu trabalho comezinho.

“Eu, particularmente, que sou o responsável, entre aspas, por manter o presidente informado, eu tenho que tomar dois Lexotan na veia por dia para não levar o presidente a tomar uma atitude mais drástica em relação às atitudes que são tomadas por esse STF que está aí. Temos um dos poderes que resolveu assumir uma hegemonia que não lhe pertence, não é, não pode fazer isso, está tentando esticar a corda até arrebentar. Nós estamos assistindo a isso diariamente, principalmente da parte de dois ou três ministros do STF.”

Considerando que um dos ministros mais atacados por Bolsonaro é Luís Roberto Barroso, hoje também presidente do TSE, e que uma suposta fraude das urnas eletrônicas foi uma das grandes bandeiras do presidente da República em 2021, cabe inferir que é Bolsonaro que deve estar tomando essa dose cavalar de ansiolítico.

Na manhã desta quarta (14), em resposta a um membro de sua claque do cercadinho, que lhe perguntou sobre a confiabilidade das eleições de 2022, Bolsonaro disse o seguinte, segundo revelou o site Poder 360:

“Vai ser confiável, fica tranquilo. Tem gente que acha que é dono do mundo aí. Fica tranquilo.”