Apenas Jair Bolsonaro parece satisfeito com seu atual status; demais candidatos na corrida de 2022 já trabalham com profissional que antecipa possíveis saias justas em entrevistas e debates
Pré-candidatos à presidência da República tem afinado o discurso com a ajuda de um profissional que andava sumido: o jornalista que faz media training. Trata-se de um treinamento personalizado, que simula as saias justas e as pancadas que os candidatos podem vivenciar durante a campanha.
Na lista de pessoas que já fizeram o curso estão João Doria (PSDB), que usou um antigo assessor de Michel Temer; Sergio Moro, que escolheu um profissional da agência FSB; Ciro Gomes, ainda traumatizado com o fiasco da entrevista ao Jornal da Globo, a Renata Lo Prete, em 2018; e Lula, que tem assessor de outros carnavais e uma agenda de media training anual.
Assim como os marqueteiros, essa turma do media training havia sumido desde que as campanhas precisaram ficar mais baratas. O curso, que pode ser feito em um único dia, tem gostinho amargo: pode custar dezenas de milhares de reais.
Também fez uma versão rápida, antes das prévias do partido, o governador do Rio Grande do Sul, Eduardo Leite (PSDB). A senadora Simone Tebet (MDB-MS), a contragosto, também deverá fazer sua versão em breve.
Bolsonaro parece confortável com seu atual status.