Com adesão de Contarato, PT volta a exercer magnetismo sobre esquerda

Fabiano Contarato e Jean Wyllys || Créditos: Jefferson Rudy/Agência Senado/Michel Jesus/Câmara dos Deputados

Senador da Rede, um dos grandes destaques da CPI da Covid-19, segue movimento de Jean Wyllys e troca Rede pelo PT; erros do partido foram "investigados e devidamente punidos", justifica

Fabiano Contarato, destaque na CPI da Covid-19 e primeiro senador abertamente gay — vive com o marido e tem dois filhos adotados –, anunciou em sua conta do Twitter nesta segunda (13) que deixa a Rede Sustentabilidade em direção ao PT.

O movimento mostra que o PT voltou a ser um polo seguro para personagens de esquerda que durante bastante tempo preferiram manter distância do grande partido de oposição do Brasil. O ponto de inflexão é a libertação de Lula por conta da anulação de suas condenações no STF em razão da parcialidade de Sergio Moro.

O ex-deputado Jean Wyllys (RJ) já havia feito esse movimento recentemente.

Contarato justificou sua adesão ao dizer que “os governos liderados pelo PT devolveram ao país credibilidade internacional, permitiram aos pobres cursar universidade, abriram os porões da ditadura com a Comissão Nacional da Verdade, democratizaram a participação da sociedade nas decisões de governo e geraram crescimento”.

E, na questão da corrupção, que os erros do PT “foram investigados e devidamente punidos pela Justiça”. “Defendo que a lei vale para todos e tem de ser cumprida doa a quem doer.”

O ex-presidente Lula saudou a adesão do “companheiro” que vai se juntar, no bordão de campanha de 2022, na “reconstrução de um Brasil mais justo e feliz, com democracia, emprego e ninguém passando fome”.