Legado da separação de lixo de Onyx se perde pelo Esplanada

Onyx Lorenzoni || Crédito: Isac Nóbrega/PR

Atual ministro do Trabalho e da Cidadania implantou prática por pastas por onde passou, mas elas foram descontinuadas; tema pode aparecer em campanha eleitoral

Das 23 pastas ministeriais, que incluem 18 ministérios, duas secretarias e três órgãos equivalentes, apenas uma faz a coleta seletiva de lixo. É no Trabalho e Cidadania, pasta comandada pelo deputado licenciado e possível candidato ao governo do Rio Grande do Sul Onyx Lorenzoni.

Em todos os ministérios que esteve (e não foram poucos: primeiro, Casa Civil; depois, secretaria-geral), instituiu o hábito de separar o lixo. Até no gabinete dele, existem lixeiras separando plásticos e papéis e restos de comida, por exemplo.

Nenhum dos ministérios manteve o hábito instituído por Lorenzoni após sua saída. Procurado por PODER Online, o palácio do Planalto disse que “a coleta seletiva é um hábito em toda a estrutura da União” e que, nos ministérios, “existem equipes de limpeza especializada” para separar o lixo.

O que se quis dizer, na verdade, é que os funcionários do governo são treinados para separar os restos de comida (existem muitos almoços nos gabinetes dos ministros, por exemplo) de restos de papel e documentos e que os chefes das pastas não precisam se preocupar com esses detalhes.

Pode ser um detalhe, mas para Onyx isso pode virar plataforma eleitoral. O Rio Grande do Sul tem a terceira melhor gestão de lixo do país, e talvez ele queira melhorar a posição de seu estado nesse pódio.