São Paulo ganha seu grande museu judaico

Crédito: Reprodução FB/Museu Judaico de São Paulo

Acalentada por duas décadas, instituição ocupa sinagoga de estilo bizantino dos anos 1920, além de anexo de linhas contemporâneas construído para esse fim

São Paulo está para ganhar o seu próprio museu judaico. Instalado na antiga sinagoga Beth-El, de 1928, de estilo marcadamente bizantino e que sobreviveu ao tempo na rua Martinho Prado – não dá para dizer o mesmo de um vizinho famoso, o Ferro’s Bar, que ficava defronte e soçobrou –, o Museu Judaico abre para o público no domingo (5).

Idealizado já há duas décadas, o museu demandou a criação de um muito interessante espaço expositivo. Além do interior restaurado da sinagoga, surgiu um prédio envidraçado que se aproveita do terreno em declive. É nesse anexo, de linhas contemporâneas, e com vista franqueada para a lindeira avenida 9 de Julho, que se concentrará o acervo e serão montadas as exposições temporárias.

O Museu Judaico de São Paulo (MUJ) abre com quatro mostras, tentando dar concretude e respostas à questão basilar e ao mesmo tempo quase retórica “o que é ser judeu?”. Se isso parece genérico demais, talvez seja útil dizer que uma dessas mostras conta um pouco a história dos cristãos novos que chegaram ao Brasil desde o século 18; já outra exposição temporária articula-se em torno da palavra, algo valorizado pela cultura judaica na transição para a vida adulta.

O MUJ funcionará de terça a domingo e seu bonito site pode ser acessado aqui.