A criminalista e professora de Direito Penal do Mackenzie Patrícia Vanzolini tornou-se na madrugada desta sexta (26) a primeira mulher a poder, por direito, presidir a seção paulista da OAB. Em disputa apertada com o incumbente, o atual presidente Caio Augusto Silva, ela venceu as eleições da entidade por cerca de 6 mil votos (3% de diferença). Sua gestão é para o triênio 2022-24.
Ser a primeira mulher a dirigir a nonagenária instituição, que foi fundada em 1930, era um “ativo” que também foi brandido por outra criminalista que disputava a eleição, Dora Cavalcanti, que teve cerca de 18 mil votos, e parabenizou Patricia: “Hoje foi um dia histórico (…) Que todo o debate sobre representatividade e inclusão se faça presente no próximo triênio e tenhamos uma OAB mais próxima da advocacia”, publicou Dora.
Patrícia, em entrevista recente à Folha de S.Paulo, manifestou seu incômodo com a prisão em segunda instância e com o que considera ter se tornado a Lava Jato – “contaminada pela política partidária”.
Em sua conta no Instagram, Patrícia, que é neta do zoólogo e compositor Paulo Vanzolini, de Ronda e Praça Clóvis, foi às redes sociais para agradecer e exultar:
“A nossa hora chegou e a mudança vai começar! Hoje é um capítulo importante na minha vida e na história da OAB/SP, em 91 anos de instituição serei a primeira mulher a presidir a Ordem. Só tenho a agradecer os mais de 62 mil votos de confiança que recebemos da advocacia paulista por todo o Estado. O interior e a capital se uniram pela mudança e a partir do dia 1º de janeiro de 2022 a Ordem será de todas as advogadas e advogados.”
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O criminalista Marcelo Feller parabenizou Patricia. “Uma amiga, que gosto tanto, e que creio fará uma nova OAB em São Paulo. Minha candidata Dora não ganhou, mas tô muito feliz com o resultado. Muda OAB/SP!”