Bolsonaro confirma ida ao PL e reconhece que “joga” com Centrão

Jair Bolsonaro e Valdemar Costa Neto || Crédito: Alan Santos/PR/Reprodução/PL

Presidente explicita farsa pré-eleitoral que teve na versão General Heleno do pagode do “se gritar pega Centrão” corolário; “Se tirar a esquerda, tem o Centrão, para onde é que eu vou?”, diz

A ida de Jair Bolsonaro ao PL, o partido de Valdemar Costa Neto, figura de proa no escândalo do Mensalão, quando a sigla que comanda (possui?) alugou apoio político a Lula, dá alguma cerimônia à realpolitik brasileira.

Mesmo sendo por sete mandatos consecutivos deputado federal, Bolsonaro vendeu para eleitores que aceitavam qualquer conversa a ideia de que a “velha política”, o “toma-lá-dá-cá” e as conversas com  parlamentares da agremiação adesista Centrão estavam fora de seu itinerário.

Nada mais falso, como logo se viria e que agora se confirma.

Nesta terça (9), Bolsonaro disse a um representante daquilo que ele chama de “minha mídia”, um site noticioso parceiro do Planalto, o seguinte:

“São 513 deputados e 81 senadores. Essa é minha lagoa, esses são os peixes na minha lagoa que tenho que convencer a votar nas minhas propostas. Quando se fala em Centrão, fui do PP por 20 anos. Essa é a política brasileira, são as condições do campo que você vai ter que entrar para jogar (…) Se você tirar o Centrão, tem a esquerda, para onde é que eu vou? E tem que ter um partido se eu quiser disputar as eleições do ano que vem.”

Você já ouviu essa versão tacanha do velho pagode em 2018, mas não custa ouvir de novo. Solta, general Heleno: