O presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), não desgruda do telefone, nem em feriado prolongado. Tem carradas de razões: quer finalmente votar a PEC dos Precatórios, que prevê para quarta-feira (3), em esquema presencial, no plenário da Casa.
Semana passada o presidente insistiu em fazer a votação presencial e acabou vendo a Câmara vazia. Sequer conseguiu o quórum mínimo de parlamentares, 342.
Por isso está ligando para os aliados, insistindo na presença do maior número de deputados possível em Brasília na quarta.
Se aprovada, a PEC dos Precatórios abre espaço no cofre e injeta mais de R$ 90 bilhões no Orçamento de 2022, segundo cálculos do ministério da Economia. É a rara solução que os técnicos consideram viável para bancar os custos do novo Bolsa Família, o Auxílio Brasil, além de outros petardos disparados contra o tesouro nacional.
Falta combinar com os credores, que ficarão novamente a ver navios.