Mesmo sem ter dito um “hi”, o deputado federal Aécio Neves (PSDB-MG) foi figura central no primeiro debate da prévia nacional do PSDB que vai definir seu candidato a presidente nas eleições de 2022, ocorrido na manhã desta terça (19).
O modelo, inusitado, foi montado como um debate majoritário de candidatos políticos, com perguntas feitas aos três postulantes – Eduardo Leite, João Doria e Arthur Virgílio – por colunistas e jornalistas proeminentes dos diários O Globo e Valor Econômico. As perguntas muitas vezes não foram nada confortáveis.
A adesão de Aécio Neves à candidatura de Leite foi um dos pontos explorados pelos jornalistas.
Aécio Neves é figura tóxica hoje em dia em seções do partido por conta das acusações de corrupção e de sua performance no telefonema famoso em que propõe matar o estafeta que traz e leva o dinheiro de Joesley Batista, da JBS. O problema é que ele segue a controlar o PSDB mineiro.
Leite desviou do assunto dizendo que ele, Leite, deve “ser julgado pela própria trajetória, como vereador, prefeito e governador, sem ataque de corrupção, cumprindo meus mandatos na integralidade, sem trair aliados e sem qualquer tipo de dúvida sobre a minha conduta.”
O “cumprindo mandato na integralidade” foi uma clara agulhada em João Doria, que deixou a prefeitura de São Paulo com menos de 1 ano e meio de mandato.