Auxílio de R$ 400 faz Guedes e secretários subirem no telhado

Não que ministro da Economia tenha coragem de pedir demissão, mas loucuras fiscais para colocar auxílio de pé incomodam medalhões do que um dia foi chamado de superministério

Paulo Guedes e Bruno Funchal || Crédito: Marcelo Camargo/Agência Brasil/Lissa de Paula/ Ales

Novamente em desacordo com as ideias do governo, parte do ministério da Economia tem reclamado da decisão do presidente Jair Bolsonaro de criar o sempre aventado mais jamais lançado Auxílio Brasil, que agora daria R$ 400 por mês para os miseráveis elegíveis.

Secretários têm mostrado insatisfação e, internamente, se discute até a permanência do ministro Paulo Guedes. Caso o chefe pegue o boné, o que é bastante improvável, secretários da pasta o acompanhariam.

Os mais incomodados com o vale-tudo eleitoral que se transformou o Auxílio são os secretários do Tesouro Nacional, Jeferson Bittencourt, e o de Tesouro e Orçamento, Bruno Funchal.

PODER Online conversou com assessores do ministro, que confirmaram o clima de insatisfação e a possibilidade de debandada em grupo.

Por suas previsões erradas, suas falas inconvenientes, sua impossibilidade de demonstrar empatia com a base social do país – no que, aliás, está em linha com o presidente –, Guedes foi se apequenando. A revelação que mantém uma offshore no Caribe e infringe, com isso, o Código de Conduta da Alta Administração Federal, só não foi a pá de cal em sua permanência no cargo porque, como ficou revelado sobejamente na CPI da Covid-19, para sair desse governo é preciso se esforçar bastante.