Falar que dinheiro não traz felicidade é exagero, mas dá para dizer que nem tudo se resolve com a carteira cheia. Esse pensamento se adequaria perfeitamente à atual situação do União Brasil, partido criado pela fusão entre DEM e PSL, que vai receber a maior cota dos fundos eleitoral e partidário entre as siglas políticas brasileiras.
Os caciques dos dois partidos têm lá suas diferenças – e elas não são pequenas.
Integrantes que vieram do PSL têm trabalhado para puxar o tucano Eduardo Leite para concorrer às eleições de 2022, como cabeça de chapa. Para não perder espaço, o DEM quer costurar o ex-ministro da Saúde Luiz Henrique Mandetta como vice.
O PSL não se entusiasma com o falante primeiro ex-ministro da Saúde de Jair Bolsonaro.
Por várias vezes na redemocratização até pelo menos Hamilton Mourão, e talvez até mesmo agora, dada a necessidade de isolá-lo que Bolsonaro tem, os vices-presidentes brasileiros têm ganhado protagonismo inesperado.