Greve por melhores condições de trabalho ameaça parar produções de TV e de cinema nos EUA

Indústria do entretenimento, que foi fortemente afetada pela pandemia e começa a se reerguer, pode sofrer novo lockdown a partir da semana que vem

Uma greve pode jogar um balde de água fria nas produções cinematográficas e de televisão dos EUA, que ainda estão se recuperando da pandemia. Um dos setores mais afetados pela Covid-19, com a paralisação da indústria do entretenimento por vários meses, corre o risco de sofrer um novo lockdown.  Matthew Loeb, presidente da International Alliance of Theatrical Stage Employees (IATSE), disse nessa quarta-feira que, a menos que um acordo seja alcançado, 60 mil trabalhadores da área começarão uma greve nacional a partir do dia 18 de outubro contra os grandes estúdios, interrompendo a produção no país.

Os sindicalistas estão exigindo melhores horários e condições de trabalho, dizendo que o aumento da produção na última década resultou em longas jornadas de trabalho e situações perigosas no set. Loeb avisa que o sindicato continuará negociando com a Alliance of Motion Picture and Television Producers (AMPTM) esta semana na esperança de chegar a um acordo que trate de questões centrais. Os sindicatos estão buscando uma brecha de descanso de 10 horas entre os turnos e de 54 horas nos fins de semana, entre outras coisas. “O ritmo da negociação não reflete nenhum senso de urgência”, afirma o presidente da IATSE. “Sem uma data de término, poderíamos continuar conversando para sempre. Nossos membros merecem ter suas necessidades básicas atendidas agora”.

Em um comunicado, a AMPTM garante que os estúdios continuarão na mesa de negociação na esperança de evitar a greve: “Faltam cinco dias para chegar a um acordo e os estúdios continuarão a negociar de boa fé em um esforço para manter a indústria funcionando”.

Vale destacar que os produtores estão recebendo apoio público de outros sindicatos da indústria do entretenimento e até de membros do Congresso norte-americano. Aguarde o desfecho!